Vereadores definem membros de CPI
Foram definidos nesta semana o nome dos vereadores que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar possíveis desvios de funções e irregularidades na contratação de servidores sem concurso público e comissionados, por parte do Poder Executivo de Caçador, bem como o descumprimento do limite prudencial referente exercícios financeiros de 2022 e 2023, o que fere a Lei de Reponsabilidade Fiscal.
Respeitando a proporcionalidade partidária da Casa, foram escolhidos os vereadores Johny Marcos Tibes de Souza (MDB), que será o presidente da CPI; Lidiane Cattani (PP), escolhida como relatora; e Almir Dias (PSDB), Moacir D’Agostini (União) e Fabiano Dobner (PL) como membros.
Johny explica que a Comissão terá o prazo de 120 dias, podendo ser prorrogado por igual período, para apresentar o relatório investigativo com suas respectivas conclusões.
“Neste período serão colhidos os depoimentos, feitas as constatações in loco e colhidos e analisados documentos para que se possa, até o findar do prazo, apresentar o relatório da CPI para apreciação dos seus membros. Este trabalho investigativo vai abranger todos os cargos do Executivo e em breve daremos a resposta à população se contatadas ou não as irregularidades, tomando todas as medidas cabíveis inerentes à CPI”, finaliza.
Crescimento urbano
Caçador precisa urgentemente de um olhar mais atento para o crescimento urbano ordenado. O ex-prefeito Saulo Sperotto (PSDB) criou, ainda na sua primeira gestão há mais de 20 anos o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Caçador (IPPUC). O órgão contribuiu para o desenvolvimento da cidade, especialmente na criação de projetos arquitetônicos modernos, como por exemplo o Parque Central José Rossi Adami. Mas, parou por ai.
IPPUC é pouco funcional
Atualmente é possível afirmar que o IPPUC é um dos órgãos mais obsoleto e pouco funcional da cidade. Precisa urgentemente ser repensado. Mais que isso, precisa ser fortalecido, incorporado com mais mentes pensantes e profissionais gabaritados. Caçador não pode mais ficar refém da falta de estrutura e continuar freando seu desenvolvimento.
Cidade estagnada
Caçador precisa destravar o desenvolvimento urbano ordenado. A cidade estagnou, parou. Os míseros e aleatórios loteamentos que são criados não suprem a demanda por habitação, especialmente para classes B e C. Há um apagão geral, especialmente por volta de diretrizes de crescimento, zoneamento de solo e regras claras. Não é normal o valor dos imóveis nas alturas, o valor de aluguel de uma simples quitinete estar no valor que está. O custo de vida no quesito habitacional para morar em Caçador é praticamente igual ao da Capital do Estado. Caçador quer crescer, expandir, mas a prefeitura não deixa.
Nem um prédio
Vou apresentar um exemplo bem simples para mostrar que a cidade está estagnada. O ex-governador Luiz Henrique da Silveira, na época quando Valdir Cobalchini era secretário Regional, entregou a abertura e pavimentação da chamada Perimetral Norte, ligando o acesso de Lebon Régis ao acesso à Calmon e tirando o trânsito pesado do centro de Caçador. Àquela época, há mais de 20 anos, esperava-se que a cidade crescesse para aquela região. Pois bem, passadas duas décadas um prédio sequer foi erguido naquela região. As leis não acompanham, o legislativo e o executivo da cidade travam o desenvolvimento. O Plano Diretor da cidade, por exemplo, foi sequer revisto nos últimos anos. Caçador é refém do atraso.
Loteamento em área industrial
Agora vou citar outro exemplo, agora da bagunça que é o nosso planejamento urbano. Para atrair empresas como a Guararapes, o ex-prefeito Saulo criou um parque industrial na região onde hoje está instalada a Gararapes. A empresa cresceu, triplicou de tamanho e produção. O problema é que agora liberaram um loteamento para vizinhar com a empresa. Com certeza, caso moradias sejam construídas naquela região, a Guararapes terá problemas, por ruídos ou outros inconvenientes de sua operação. Mas, a Guararapes está no seu lugar. Quem liberou um loteamento numa área de parque industrial que está errado. A bagunça dentro da prefeitura traz insegurança jurídica para quem investe e afugenta empreendedores.