Entre idas e vindas enfim ocorreu a reunião entre o prefeito Alencar Mendes (PL) e os partidos coligados para iniciar as tratativas para composição do novo governo. No encontro, terça-feira (19), os presidentes do PL, PP, PSDB e União Brasil entregaram um documento redigido a quatro mãos onde indicam por consenso a divisão das secretarias.
Através de várias fontes, este colunista teve acesso a como ficou a divisão das secretarias setoriais. O partido que ficou com mais secretarias, foi o PSDB, com três: Infraestrutura, Agricultura e uma terceira que será de escolha com o PL, entre Assistência Social ou IPASC. O PL terá duas, sendo uma dessas últimas citadas por escolha com o PSDB e a secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Já o União Brasil indicará o secretário de Educação e também o de Cultura, Esporte e Turismo. Já o PP ficará com uma secretaria, a de Saúde. Além dessas secretarias, o prefeito Alencar terá para sua livre nomeação as pastas do núcleo duro (Governo, Planejamento, Administração, Fazenda e Procuradoria) além de IPPUC e Guarda Municipal.
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Golpe dentro do golpe
Essa lista assinada pelos presidentes dos partidos: PSDB (Arnaldo Bertotto), PL (Antônio Castilho), União Brasil (Moacir D’Agostini) e PP (Alexandre Braggio) foi uma grande surpresa na política local. Existia uma articulação muito grande para a Educação ficar com o PSDB. Intensas reuniões na véspera do encontro com o prefeito Alencar sacramentaram o “golpe dentro do golpe” e tudo ficou com dantes: Educação com o União Brasil e Infraestrutura com o PSDB.
Discussão acalorada
Mas, não pensem que o documento assinado pelos presidentes dos partidos foi bem aceito na reunião com o prefeito Alencar. Um tucano, conselheiro do prefeito, que participou da reunião, colocou em dúvida a “legitimidade” do documento. Momento em que foi confrontado por um presidente partidário que sentiu desrespeito a todos os presidentes dos partidos que se reuniram com seus vereadores e suas executivas e chegaram à definição. O sentimento é de que se os tucanos estão rachados, eles deveriam ter resolvido isso internamente. O documento dos partidos é assinado por todos os presidentes e sobra em legitimidade.
Crise
Essa divisão dentro do PSDB entre quem quer a Educação e quem quer a Infraestrutura expôs a crise em que está o tucanato local. Informação de que após a reunião com o prefeito Alencar, alguns tucanos inconformados realizaram uma reunião sem a presença dos membros da Executiva justamente para pedir a cabeça do presidente Arnaldo Bertotto. Entendo que o movimento foi feito um pouco atrasado, não acham?
Costas quentes
O problema de quem conspira contra Bertotto é que o presidente do PSDB local tem total respaldo do presidente estadual, Marcos Vieira. Sem falar que um dos que conspira, o ex-prefeito Saulo Sperotto, está de saída do PSDB, com os dois pés no PL.
Nuvem de fumaça
Algumas lideranças tucanas, especialmente o ex-prefeito Saulo Sperotto (PSDB) defendem o rodízio das secretarias, entre os partidos na nova gestão Alencar Mendes (PL). As lideranças pregam que o rodízio no comando oxigenaria a cara de um novo governo. O discurso é bonito, mas é uma nuvem de fumaça. No fundo, a briga é por mais recursos, por um Orçamento robusto que tem a Educação.
Orçamento
Na verdade essa ala do tucanato que defende rodízio queria trocar a Infraestrutura pela Educação. O objetivo ao final é pegar uma secretaria com Orçamento gigante e muito a ser investido no novo governo.
Infra é cemitério
A Infraestutura tende a ser só dor de cabeça para quem assumir. Parque de máquinas sucateado. Orçamento comprometido, sem falar nos inúmeros financiamentos que já foram feitos para a área nos últimos anos.
Como a maior parte das ruas da cidade está pavimentada, caberá ao novo secretário a árdua tarefa de reparar centenas de buracos que aparecerão nas ruas, fruto do ‘asfalto casa de ovo’ que vai estourar.
Isso sem falar que a BRK vai iniciar a implantação de sistema de esgoto da cidade, conforme prevê o contrato. Ou seja, o asfalto será aberto para as redes, causando um caos na vida dos caçadorenses. E ainda tem o detalhe que esse asfaltado “vendido de graça” para a polpação, terá que ser cobrado. Infraestrutura será a secretária cemitério no novo governo Alencar. Quem pegar, está morto, politicamente falando!
PP tem crédito
Observador do cenário político de Caçador faz um importante apontamento sobre a medição das forças no futuro governo Alencar e também em relação à divisão do Comando da Câmara. Ele aponta que o PP realmente foi o último que ingressou na coligação, porém, se não fossem os progressistas, muito provável que Alencar Mendes (PL) não teria sido reeleito.
O conta é muito simples, com uma diferença na casa dos 5 mil votos entre o prefeito e seu concorrente direto, o vereador Márcio JF (MDB), uma candidatura progressitas poderia fazer toda a diferença no resultado da eleição.
Se o PP tivesse mantido a candidatura de Fically, que tem os mesmos votos do campo político de Alencar, com certeza o prefeito faria bem abaixo dos 20 mil votos em uma eleição com cenário inimaginável.
Crédito infindável?
Assim como o PP deve ser tratado com mais respeito e ser melhor contemplado na cenário político local, há que se pontuar que o crédito que o vereador Amarildo Tessaro (PSDB) tem por ter abdicado de ser vice já foi pago dentro do jogo político. Se deixar, daqui a 10 anos o Tessaro ainda estará cobrando por ter aberto mão da vice.
Exemplo
Prefeito eleito de Timbó Grande, Ari Galeski (União Brasil) gostou da ideia do prefeito Alencar Mendes (PL) que anunciou que vai nomear seu secretariado conjuntamente na sua posse dia primeiro de janeiro e vai fazer o mesmo. Lembrando que Galeski venceu a eleição praticamente sozinho, em chapa pura e tem total liberdade para montar o secretariado que bem desejar, sem imposições de partidos políticos.
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