Superado o pleito municipal, o mundo político começa observar mais atento aos movimentos visando 2026, quando terá no Brasil a eleição para a presidência da República, Governadores, deputados estaduais, federais e senadores. Nesse momento, a maior liderança política de Caçador, o deputado federal, Valdir Cobalchini (MDB), começa projetar cenários.
Olhando para o seu MDB, o deputado federal entende que o partido deve buscar construir um projeto próprio para disputar a presidência da República. O partido saiu fortalecido das eleições municipais e vai governar 27.9 milhões de eleitores a partir de agora. Os números mostram o partido retomando espaços no cenário político. Em 2016 o MDB tinha 1.048 prefeituras. Abalado pelo envolvimento de antigas lideranças em casos de corrupção, caiu para 802 prefeitura em 2020 e nas eleições deste ano cresceu 62 prefeituras chegando a 864.
É baseado nessa retomada do protagonismo que Cobalchini entende que o partido deve construir um projeto para o País. Lembrando que em 2022 o partido teve a candidatura à presidência de Simone Tebet e como não chegou ao segundo turno, acabou fechando com a reeleição do presidente Lula.
Mas, caso uma candidatura própria não seja possível, outra alternativa defendida pelo parlamentar é que a cúpula nacional libere os diretórios nos estados para as construções que melhor lhe caberem. Por ser do tamanho do Brasil, ou seja, muito grande, o MDB flerta com várias correntes ideológicas desde esquerda até direita e em cada estado é uma realidade. Se em Santa Catarina o partido simpatiza mais com a direita, no Nordeste está mais atrelado à lideranças de esquerda.
Projeto de centro-direita
Uma lternativa também bem vista pelo deputado Cobalchini é apoiar um projeto de centro-direita. O parlamentar traz dos resultados das urnas os números para embasar a ideia. Ele aponta que partidos de centro-direita como PSD, União Brasil, Republicanos e PP saíram muito bem das urnas, em detrimento dos extremos do País, representados por PL e PT. Na opinião do deputado, o MDB deve buscar a construção de uma alternativa para o País com esses aliados.
Na opinião do deputado, esse consórcio de partidos com espectro político semelhante pode estar junto em uma candidatura à presidência da República do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (REP) ou do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), por exemplo. O nome precisaria ser construído, mas a ideia seria a construção de um projeto de centro-direita.
Governo Lula
Sempre bom lembrar que atualmente o MDB faz parte do governo Lula com três ministérios: Simone Tebet no Planejamento; Renan Filho no Transportes e Jader Barbalho Filho em Cidades. No Congresso o partido dá sustentação ao governo, como não poderia ser diferente. Entretanto, os parlamentares respeitam questões locais de suas bases.
Cobalchini por exemplo, acima da orientação partidária, construi seus votos a partir de pautas as quais considera inegociáveis como do agro; da propriedade, dos direitos individuais, dos valores das famílias e outros. Desta forma o parlamentar é favorável em votações de importância para o Brasil, especialmente de pautas econômicas e vota livre em temas mais de valores.
Governo Jorginho
Ainda sobre 2026 o deputado Valdir Cobalchini comentou sobre a aproximação que está ocorrendo entre o governador Jorginho Mello e o partido. Recentemente o governador ofereceu três secretarias para que o MDB ingresse na sua base de governo e construa uma coligação para sua reeleição.
Cobalchini entende que são coisas separadas. Ele não vê impedimento para que os deputados estaduais construam espaços no governo e deem base para o governador na Alesc. Porém, uma coligação para 2026 deve ser debatida em um fórum mais amplo do partido, envolvendo prefeitos e demais lideranças. Ou seja, o deputado não se opõe a coligação, mas entende que deve ter um maior debate.
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União Brasil
Ainda sobre o Governo do Estado, o governador Jorginho Mello (PL) está trabalhando para ampliar sua base e consolidar seu governo. Nesta quinta-feira (7) será a vez do União Brasil ser recebido pelo Chefe do Executivo. O prefeito eleito de Timbó Grande, Ari Galeski, já recebeu convite para comparecer ao encontro na Capital.
Gilberto preside a Fiesc
O empresário caçadorense e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Gilberto Seleme, assume interinamente a presidência da entidade representativa de 4 a 15 de novembro. No mesmo período ele também acumulará o cargo de diretor regional do Sesi-SC. Seleme substitui o presidente Mario Cezar de Aguiar que estará ausente do cargo de 4 a 9 de novembro e também participa da COP 29 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, no período de 5 a 15.
Lideranças nacionais
Caçador vai receber nos primeiros dias de novembro duas lideranças políticas com expressão nacional. Estarão na cidade proferindo palestras e trocando experiências com as lideranças locais o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e o ex-presidente da República, Michel Temer.
Paulo Guedes
Ex-ministro do ex-presidente Bolsonaro, o economista Paulo Guedes estará em Caçador no dia 7 de novembro dentro da programação em continuidade a 4ª Mostra Cultural e 13º edição do Seminário Regional de Administração (SEAD). Ele vai ministrar a palestra “Oportunidade e riscos da nova economia: o que esperar da economia em tempos de incertezas”. O evento será às 10h no Teatro da UNIARP. A palestra vale a pena, já a assisti no Empreende Brazil, em São José.
Michel Temer
Já no dia 19 de novembro estará em Caçador o ex-presidente da República, Michel Temer (MDB). Recentemente lideranças caçadorenses estiveram em São Paulo fazendo o convite para que o jurista e articulador político viesse a Caçador receber o título de Doutor Honoris Causa, na Uniarp. Na visita, Temer ainda vai proferir uma palestra.
Foi no governo de Temer que a Uniarp conseguiu o credenciamento para a implantação do Curso de Medicina em Caçador, processo acompanhado de perto pelo ex-ministro Marun e seu assessor, o caçadorense, Rodrigo Marins. O título de Dr Honoris Causa será concedido em reconhecimento pela autorização dada no governo de Michel Temer para a criação e o funcionamento do curso de Medicina na Uniarp.
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