Saulo estuda cenários para 2026
Passada a eleição municipal, o debate político começa focar 2026. É natural que a atenção passe a estar direcionada ao ex-prefeito Saulo Sperotto (PSDB), principal arquiteto do grupo político que governa Caçador há oito anos. Atualmente ele é suplente de deputado estadual pelo PSDB. Mas, são inúmeras as variáveis que fazem Saulo avaliar o cenário futuro.
A partir de agora o ex-prefeito estuda as mexidas políticas na macro política estadual. O desafio é escolher o melhor caminho para conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa. E essa reflexão é fundamental. Em 2022 Saulo foi muito bem votado. Conquistou 28.114 votos. Muito mais votos que muitos deputados eleitos como por exemplo: Sérgio Guimarães, do União Brasil (27.977 votos); Oscar Gutz do PL (26.812); Padre Pedro, do PT, (26,803); Marcos da Rosa, União Brasil (25.845); Soratto, PL (25.622); Lucas Neves, Podemos (23.053) e Matheus Cadorin , Novo (12.390).
Mas, o amigo leitor, que não é tão ligado à política pode se questionar: qual a matemática que faz um candidato a deputado mais votado que outros sete candidatos ficar de fora em detrimento destes? A resposta é muitos simples: legenda. Saulo é filiado ao PSDB que não fez legenda suficiente para ter um terceiro deputado e elegeu apenas dois, Marcos Vieira e Vicente Caropreso.
Suplente
Talvez Saulo permaneça no PSDB porque ainda alimente alguma esperança em assumir uma cadeira na Alesc ainda neste mandato. Como suplente ele está na fila. À sua frente ficou Acélio Casagrante, que fez 39.032, porém, ao trocar os tucanos pelo PL, naturalmente perderá a opção de assumir na Assembleia caso algum deputado tucano venha a compor no Governo do Estado ou outra esfera. Entretanto, esse cenário é cada vez mais descartado dentro do tucanato, dado o afastamento cada vez maior do presidente do partido, deputado Marcos Vieira, do governador Jorginho Mello. Ou seja, na verdade nem o próprio Saulo conta mais com isso.
PSDB está desaparecendo
Agora, o que chama a atenção é o que prende o ex-prefeito de Caçador ao PSDB ainda. O partido desidrata a cada eleição, cada vez mais engolido pelo bolsonarismo e por partidos alinhados à direita. Para se ter uma ideia, nesta eleição municipal em nível nacional o partido perdeu espaços para o PSD e MDB. Em Santa Catarina elegeu apenas 13 prefeitos. O partido perdeu cidades de médio porte que tinha e cada vez encolhe mais.
Esse encolhimento do PSDB tem tendência de avançar para a próxima eleição. Não seria nenhuma ilógica cravar que o partido dança com a hipótese de não eleger nenhum deputado estadual na próxima eleição em SC. As lideranças que ficarem terão a incumbência de apagar a luz. Será que Saulo quer ser uma dessas lideranças?
No PL
São questionamentos como esse que devem estar mexendo com a cabeça do ex-prefeito Saulo. Para 2026 ele não pode errar novamente. Se em 2020, por exemplo, ele tivesse ido para o PL, poderia ter se elegido, inclusive com muito mais votos do que fez na eleição passada, aproveitando a onda do 22.
Nos bastidores é de conhecimento que o governador Jorginho Mello (PL) já convidou Saulo várias vezes para ir para o PL. O próprio ex-prefeito trabalhou antes das eleições municipais para fortalecer o PL, encaminhando lideranças como o prefeito de Caçador, Alencar Mendes e outras lideranças da região para se filiar ao PL. Será que Saulo está preparando o terreno para uma futura filiação?
Vácuo de poder
Outra linha de raciocínio que o ex-prefeito deve levar em consideração é a necessidade de representatividade política na Capital não só para Caçador, mas também regional. Sem o deputado Valdir Cobalchini em Florianópolis, a região ficou órfã de representatividade. É um grande buraco sem deputado estadual que abrange todo Meio-oeste até o Planalto Norte. Ou Saulo se mexe e preenche esse espaço ou alguém fará. Uma coisa é certa, em política não existe vácuo de poder.
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Médico dorminhoco
Mais um caso de médico dorminhoco flagrado na saúde pública de Caçador. Desta vez, no Hospital Maicé. Uma família do bairro Bom Sucesso levou uma idosa para atendimento no sistema de saúde, pois ela estava com problemas respiratórios e tem hipertensão. Seu quadro piorou e ela foi encaminhada ao Maicé. Uma situação de emergência, em um período noturno.
A indignação da família foi deparar-se com o médico plantonista dormindo. As atendentes até tentaram acordá-lo, sem sucesso. A família não deixou por menos e chamou até a Polícia Militar. Um Boletim de Ocorrência foi lavrado.
Só assim para o médico despertar de seu sono profundo. A família está indignada, pela ausência de comando no Hospital Maicé, que permite esse tipo de postura de um médico plantonista.
Será que o médico tinha algo tão importante para fazer no período diurno que tinha tanto que dormir à noite, justamente no seu plantão? Será que atende em uma clínica ou no seu consultório? Será que o Maicé é só um bico?
Médico dorminhoco
O mais recente caso do médico dorminhoco foi encaminhado para os vereadores. Em especial, o vereador Márcio JF (MDB). Ele se notabilizou por defender os direitos do povo nessas situações. Inclusive envolveu-se em disputas judiciais por flagrar situações como essa. Ano que vem Márcio fica sem mandato. A quem o povo poderá recorrer nessas situações, já que as autoridades parecem ter medo dos médicos para cobrar mais responsabilidade com o pagador de impostos.
Educação
O presidente da Câmara, Amarildo Tessaro (PSDB) está aproveitando sua semana como prefeito para visitar a todos os setores do poder público municipal. Está indo de servidor por servidor. Na Educação, por exemplo, ele deve ter ouvido umas e outras em função da insatisfação quanto ao comando da pasta. A educação foi o setor onde o prefeito Alencar Mendes mais teve dificuldades eleitorais. Na foto, Tessaro recebendo os tucanos Saulo e Claudio Fávero.
Um novo governo
Aliás, sobre o futuro governo Alencar, ouvi de mais de uma fonte, que será um governo novo, focado em dar liberdade para o prefeito impor seu estilo de governo. Em outras palavras, será uma administração de caras novas, novos secretários e o mais importante, partidos com novos nichos de governo. A leitura é uma só, se for, por exemplo, para o PSDB ficar com a infraestrutura e o União Brasil ficar com a Educação, então que não se mudasse o prefeito. Seria uma espécie de governo Saulo 3 ou 5, como queiram. Em 2025 inicia o governo Alencar, um novo governo com novos nomes.
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