Foi dado o pontapé inicial para aquela que tem tudo para ser considerada a maior ação dos últimos tempos contra os atrasos aos quais a região foi sentenciada deste a Guerra do Contestado. Essa ferramenta de resgate atende pelo nome de Rodovia do Contestado. Um projeto audacioso de abertura e pavimentação de cerca de 110 quilômetros, partindo do KM 17, na SC-135 (entre Caçador e Calmon), ligando a Timbó Grande e finalizando com o acesso à BR-280, em Canoinhas.
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Em uma entrevista coletiva nesta semana, na Uniarp, foi explanado sobre o movimento. É uma ação que parte da própria sociedade organizada Caçadorense, tendo a frente entidades como Acic, Uniarp e Fiesc. São essas entidades, com respaldo e apoio dos empresários que colocaram a mão no bolso e startaram os estudos preliminares e trabalho de convencimento através de marketing para que a proposta tome corpo.
O projeto é ambicioso, mais pelo absurdo, ao qual nossa região foi submetida. Estamos falando de um verdadeiro buraco negro em termos de infraestrutura no mapa do Estado. O triângulo entre a BR-280 (Canoinhas), a BR-116 e a SC-350, que tem eu seu coração o município de Timbó Grande é um sinônimo de atraso para o Estado especialmente pela falta de ligação asfáltica. Uma ausência de asfalto que revalida a cada ano índices vergonhosos de IDH e IDS em vários municípios da região. Como desenvolver, sem atrativos econômicos? Como atrair empresas, sem ter sequer asfalto?
Uma obra necessária
O mais fantástico nessa proposta da Rodovia do Contestado está justamente na inversão da lógica. O normal é o Governo do Estado vir aqui e dizer: “olha, vamos fazer essa obra”. Nesse caso, é a comunidade que se organizou e está dizendo: “Olha, nos precisamos dessa obra”.
E não é qualquer obra. O Projeto, que está sendo elaborado, liga Caçador a Timbó Grande pelo trecho mais curto, cerca de 40 quilômetros. Também corta sentido Canoinhas, encurtando em 30 quilômetros a distância para Curitiba, sem falar da ligação para o porto do Norte do Estado.
É uma rodovia que devolve qualidade de vida aos estudantes que transitam de Timbó Grande para estudar em Caçador, na Uniarp ou outras instituições. Liga comunidades isoladas e aproxima os reflorestamentos e outras atividades econômicas da região.
União de forças
Quando um projeto como a Rodovia do Contestado nasce de uma junção de necessidades e união de forças empresariais e políticas, nem seria prudente citar nomes, pois todos ajudam de alguma forma. Mas há que se fazer alguns destaques como do presidente da Acic, José Tombini, que lidera o projeto com determinação e do vice-presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, que sabe da importância para o setor empresarial. Também é fundamental citar o presidente da Uniarp, Moacir Salamoni e toda diretoria da instituição.
Também acho justo citar outras duas lideranças fundamentais para o projeto sair do papel. O deputado federal, Valdir Cobalchini (MDB) que está indicando na sua cota uma emenda no Orçamento do Governo Federal para ser paga no primeiro semestre do ano que vem na ordem de R$ 3 milhões. Esse recurso será utilizado para a elaboração da primeira etapa do projeto (entre o KM-17 e Timbó Grande). Isso vai acelerar o processo, uma vez que o governador Jorginho vai receber o projeto já pronto, restando-lhe a licitação, encurtando etapas.
Justo também citar o empresário Rodrigo Marins que é o maior defensor do projeto e deu início a todo esse movimento. Um movimento que tomou corpo, dada sua legitimidade e necessidade.
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Perímetro urbano
A empresa que está realizando o recapeamento da rodovia SC-350, no trecho entre a BR-116 e a BR 153, passando por Caçador, não estava nem um pouco animada em fazer a recuperação no trecho do perímetro urbano de Caçador, de cerca de 7 quilômetros.
O entendimento deles era que esse trecho seria de responsabilidade do município. Tanto que as obras chegaram até o portal de Caçador, pularam o perímetro e já estão concentradas em direção ao distrito de Taquara Verde.
Precisou o prefeito Alencar Mendes, cobrar das autoridades da Secretaria de Estado da Infraestrutura e da própria empresa, para que a decisão fosse revertida. O prefeito lembrou uma palavra dada pelo governador sobre a questão. E palavra de governador, acho que ainda vale!
Sandoval na cobrança
A ausência de um deputado estadual de Caçador está levando várias lideranças da cidade a ocupar espaço, ao cobrar o Governo do Estado por ações, especialmente na área de Infraestrutura. Em reunião nesta semana sobre a Rodovia do Contestado, o empresário Sandoval Caramori, relatou que também agiu nesse sentido.
Ele aproveitou uma audiência com o governador Jorginho Mello para alertar sobre as rodovias da região, especialmente sobre a qualidade do trabalho de recuperação da SC-350, que já tem até reparos recém feitos que estão cedendo devido ao volume e peso de cargas, especialmente de caminhões com cargas de toras.
O governador ficou tão preocupado que designou que o secretário de fato, não de direito, da Infraestrutura, Ricardo Grando viesse a Caçador para ver in loco a situação. O dirigente foi até alguns pontos com Sandoval e fez apontamentos para a melhoria do serviço.
Prestigio
O empresário Sandoval Caramori mostra que está sintonizado com as demandas de Caçador. Tem prestigio de sobra pra levantar a voz e cobrar pelo bem de Caçador. Sua representatividade é tamanha que recentemente quando esteve em Caçador o ex-ministro Paulo Guedes fez questão de ir de carona em seu carro do aeroporto até o teatro da Uniarp, onde proferiu palestra no Sead.
Segunda fase
O prefeito Alencar Mendes (PL) mantém seu planejamento em relação a formatação do novo governo. Passada a fase dos partidos sugerirem as secretarias que desejam ocupar, no início de dezembro (também conhecido como semana que vem) o prefeito deverá começar se mover para a próxima etapa.
Agora os partidos deverão indicar os nomes sugeridos para ocupar cada secretaria. Tradicionalmente é entregue ao prefeito uma lista com três nomes por cargo, oferecendo ao Chefe do Executivo a condição de análise múltipla.
Alencar quer definir os nomes o quanto antes, para que reste ao menos alguns dias para que os futuros secretários tenham tempo para realizar a transição administrativa. Sempre lembrando que o prefeito pretende nomear o secretário no mesmo dia de sua posse, em primeiro de janeiro.
Sem volta
A informação é que o PSDB segue rachado em Caçador. O grupo de tucanos que perdeu a queda de braço com a ala liderada pelo presidente Arnaldo Bertotto continua tentando reverter o quadro. Em disputa a indicação de secretarias setoriais. Enquanto a ala de Bertotto escolheu a Infraesturura, o outro grupo, liderado pelo ex-prefeito Saulo Sperotto, queria a educação. O problema é que o documento já entregue para o prefeito Alencar, referendado por todos os presidentes dos partidos coligados destina aos tucanos a Infra. Informação de bastidores é de que o documento não tem volta.
Sem vereador-secretário
Está batido o martelo. O governo Alencar e Fically não terá vereadores assumindo secretarias municipais. Ao menos essa é a vontade do prefeito Alencar Mendes (PL) que tem tudo para ser respeitada pelos partidos, ao não indicarem nomes de vereadores. Está correto o prefeito, vereador foi eleito pra representar o povo na Câmara e não pra usar o Legislativo como trampolim.
