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Investigação cautelosa até localização de corpo ou de corpos

Corpo da advogada caçadorense Karize Ana Fagundes Lemos e de uma possível segunda vítima ainda não foram localizados e polícia trata caso ocorrido em Caçador, no final de semana, como feminicídio

Depois da divulgação inicial do crime que chocou Caçador no final de semana, nesta terça (1º), com o andar das investigações, as autoridades policiais tratam com cautela a investigação sobre um possível duplo homicídio ocorrido no município neste final de semana. O motivo é simples, para se confirmar o duplo assassinato há que se existir a materialização com a localização dos corpos das vítimas.

O caso veio à tona nesta segunda-feira (30), quando foi revelado que um homem de 24 anos teria confessados à amigos de infância – através do whatsapp – o assassinato da advogada caçadorense Karize Ana Fagundes Lemos – sua esposa – e de um suposto amante. Segundo ele, após o duplo assassinato realizado na casa do casal no bairro Gioppo, em Caçador, ele teria fugido com o carro da esposa, levando os corpos, sentido Paraguai e teria desovados os cadáveres no caminho, possivelmente no Paraná.

O problema é que ao ser detido, em um hotel no município de Guaíra (PR), nesta segunda-feira (30), o suspeito, num primeiro momento, negou os fatos e em segundo depoimento permaneceu em silêncio. As provas são robustas, contra ele. No carro da vítima, foram encontrados objetos com manchas de sangue, além de uma faca e apetrechos da vítima. Tudo está sendo periciado pela Polícia Científica.

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A prisão do suspeito aconteceu graças aos amigos de infância do suspeito que gravaram parte da conversa em que ele confessa os supostos assassinatos. Eles acionaram a Polícia Militar de Caçador que agiu rápido e em contato com a Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), da PM e com a Polícia Civil do Paraná, conseguiram efetuar a prisão. A Polícia Científica já realizou a pericia da residência no bairro Gioppo e agora as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil.

Casa onde ocorreu o crime

Duplo homicídio ou feminicídio?

Na Polícia Civil o caso foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), que trata o caso, inicialmente, como um feminicídio, em razão da violência praticada contra mulher. As autoridades policiais têm muitas suspeitas sobre a real existência de um suposto amante.

Para os amigos, o suspeito disse que matou a esposa por enforcamento e em seguida usou seu celular para atrair o suposto amante até a residência. Ele disse que quando o amante chegou o local, levou uma paulada na cabeça e foi morto, segundo o suspeito “implorando pela vida”. Porém, os policiais não conseguiram ainda identificar na cidade esse amante, que, por óbvio, deveria que estar desaparecido. Desconfia-se que seja apenas uma ilusão que o suspeito tenha inventado, para depreciar a mulher e tentar justificar o crime.

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Em entrevista à Rádio Caçanjurê, o delegado da Dpcami, Marcelo Colaço, confirmou a cautela nas investigações. O delegado disse nesta segunda (30) que a perícia no local, na residência, já foi feita. Colaço também disse que em função de terem sido encontrados objetos da vítima, uma faca e muitas manchas de sangue no carro apreendido com o suspeito no Paraná, foi lavrado contra ele o auto de prisão em flagrante, pois há elementos fundados de um crime que houve. “Agora a investigação segue, estamos fazendo levantamentos, oitivas de pessoas, juntadas de elementos informativos e provas para inclusive fazer outras representações”, confirmou o delegado.

Ele explicou que a prioridade é a localização do corpo ou dos corpos das vítimas. O delegado também disse que inicialmente, nessa fase da investigação, o crime é tratado apenas como feminicídio.  “Na verdade nós ainda não temos a confirmação de outra vítima ainda”, explicou. “Lógico que estamos trabalhando com todas as linhas de investigação, para confirmar ser há ou não (uma segunda vítima) até o momento não confirmamos essa informação”, completou. Ele complementou ainda que o áudio dos amigos é incompleto e está em análise.

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Adriano Ribeiro
Adriano Ribeiro
Colunista do Jornal Informe, traz informações sobre os bastidores da política e cotidiano de Caçador e da Grande Florianópolis, em duas colunas semanais publicadas aqui e no www.informefloripa.com. Contatos: (48) 99800-5836 | (48) 3733-6977. E-mail: redacao@jornalinforme.com.br
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