O Tribunal do Júri da Comarca de Caçador condenou uma mulher a 25 anos e nove meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento concluiu que a ré matou a vítima com socos, chutes e esganadura, motivada por uma dívida de drogas. O corpo da mulher foi encontrado dias após, em estado de putrefação, em um bueiro distante da cidade.
O crime ocorreu em 24 de julho de 2023, após um dia de agressões contínuas. Conforme a denúncia, na noite anterior, a acusada encontrou com a vítima em um bar para entregar cocaína. Na sequência, as duas e outras pessoas foram para um motel da cidade onde teriam consumido bebidas alcóolicas e drogas.
Já pela manhã, depois de deixarem o local em um carro, a acusada ameaçou a vítima de morte por conta da dívida do entorpecente. Em um matagal, em Rio das Antas, a ré retirou a vítima pelos cabelos de dentro do carro e a esganou, sendo afastada por um homem que a acompanhava.
Ainda no mesmo dia, de volta a Caçador, a vítima foi novamente agredida com socos e chutes na região do rosto e cabeça e esganadura, resultando em seu óbito. A mulher foi impedida de fugir em diferentes momentos e, ao final, teve o corpo ocultado em um bueiro no interior do município. Ela tinha filhos menores de idade.
Conforme a sentença, o crime foi premeditado e as ações executadas de maneira extremamente fria, sem qualquer demonstração de remorso ou arrependimento. A acusada estava sob efeito de droga e alcoolizada quando cometeu os delitos. Depois do assassinato, a ré usou telefone da vítima para encaminhar mensagens e solicitar dinheiro a seus contatos.
Os jurados reconheceram as qualificadoras do motivo torpe e meio cruel e afastaram a do recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ainda, absolveram a acusada do crime de cárcere privado. O juízo da Vara Criminal determinou a imediata execução da condenação imposta pelo corpo de jurados.
